quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Novo horário do programa olhar Independente

Fique por dentro da produção audiovisual nordestina
Olhar Independente - todos os sábados ás 15h30, reprise na quarta às 20h (TVU-RN)


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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mostra Mossoró Audiovisual, 19/02

Mostra Mossoró Audiovisual
No próximo sábado, 19/02, acontece o evento de encerramento do projeto Mossoró Audiovisual com a exibição dos quatro filmes de curta-metragem, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, às 20 horas. Os filmes são fruto de quatro meses de curso onde os alunos participaram de aulas teóricas e práticas ministradas por profissionais da área.
Veja tudo sobre o projeto no site: www.olharcultural.com

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Abertas as inscrições para o Tela Digital!

Festival de Vídeo Tela Digital 2011
 
Inscrições abertas!
É bem legal este festival, eu participei da 1° edição que foi em 2009.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cinema é aqui!


Mossoró Audiovisual terá sua primeira apresentação de vídeos no próximo dia 19, no Teatro Municipal, às 20h
Preparação para gravações: filme sobre Luiz Campos
Mário Gerson
Da Redação (caderno Expressão - Jornal Gazeta do Oeste)


Mossoró será palco, mais uma vez, da ousadia de um grupo que tem feito a diferença quando o assunto é produção audiovisual. No próximo dia 19, às 20h, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, acontecerá a I Mostra de Vídeos do Mossoró Audiovisual, projeto que apresenta seus primeiros resultados, depois de alguns meses de aulas e apuro no que diz respeito à produção e gravação de curtas-metragens. "Estamos em fase de finalização dos curtas-metragens que foram concebidos durante as aulas teóricas e práticas do Mossoró Audiovisual", destaca Edileusa Martins, que está à frente do projeto.
Sobre o tardio cinema, ela, que também fez parte da equipe do Curta Mossoró, acredita que demorou muito para que a cidade contasse com salas apropriadas para exibições cinematográficas. "A ausência de um cinema em Mossoró gerou uma espécie de estagnação por essa cultura. O desejo verdadeiro de assistir, discutir e fazer cinema existia apenas em alguns, e poucos, apaixonados. Arrisco dizer que boa parte da população apenas queria um cinema por uma questão de vaidade. "Se Campina Grande tem cinema, Mossoró deve ter também", ouvi em algum momento de um amigo, diz.
No entanto, só ter salas de cinema que exibem apenas filmes Blockbusters não basta. "Precisamos formar um público que goste e consuma filmes fora desse circuito, e que dê preferência às produções locais. Dessa forma poderemos vislumbrar um futuro em que filmes feitos no Nordeste, principalmente no Rio Grande do Norte, tenham espaço nas grandes salas", complementa.
A experiência com o grupo, logo após o Curta Mossoró, foi boa e teve apoio de editais públicos. "Tanto o Curta Mossoró quanto o Mossoró Audiovisual foram projetos patrocinados por editais públicos. O primeiro foi contemplado pelo Programa BNB - BNDES de Cultura ano 2010, o segundo faz parte da seleção do Programa Microprojetos Culturais do Ministério da Cultura em parceria com o Governo do Estado, contando com os apoios do Sesc e Senac de Mossoró e também do Departamento de Comunicação Social da Uern. Os dois projetos tem por objetivo capacitar os participantes para a produção audiovisual na cidade e região. A única diferença foi o público-alvo, que no Mossoró Audiovisual teve que selecionar pessoas entre 17 e 29 anos de idade - exigência do edital, e o Curta Mossoró não ficou preso à faixa etária. Em termos de conhecimento e interesse, as duas turmas têm perfis parecidos", destaca.
PRODUÇÃO DOS CURTAS - Edileusa salienta que ao final das aulas do Mossoró Audiovisual os grupos de alunos tiveram que produzir curtas-metragens voltados para a cultura da região, tradicional ou contemporânea. "Entramos em fase de concepção das ideias e surgiram quatro histórias que se enquadraram nos objetivos. José aborda a amplitude dos sentidos e dos sentimentos através de depoimentos e imagens de um deficiente visual; Caminhos da Vida é uma poesia visual que ilustra um dia na vida dos moradores do abrigo para idosos Amantino Câmara; Luiz Campos - O Riso e O Drama presta uma homenagem a um dos grandes nomes do repente e da poesia potiguar. A narrativa do filme é composta por depoimentos de amigos e encenações de uma de suas obras; Caminhada sem Futuro, volta no tempo e conta a história do movimento que os artistas de Mossoró fizeram em prol da construção de um espaço para celebrar a arte teatral na cidade. Esse agito ficou conhecido como Movimento Caiçara", fala, reforçando que os quatro curtas-metragens farão parte de um DVD do projeto. "E sempre que houver oportunidade estaremos exibindo esses trabalhos em festivais - sejam eles locais, nacionais ou internacionais, cineclubes, além de emissoras de televisão. Acreditamos que os vídeos são feitos para serem vistos, e faremos de tudo para divulgá-los em todas as mídias possíveis", diz.

Festival de vídeos locais é uma das ideias do grupo

Edileusa vê, com o crescimento do audiovisual no município, uma oportunidade para a promoção de um festival. "Um festival de vídeos locais e também de trabalhos nacionais está em nossos planos para muito em breve. No Rio Grande do Norte, festivais de cinema e vídeo acontecem apenas em Natal. Em Mossoró há um público carente desse tipo de espetáculo, e outro precisando ser atingido. Só exibindo nossos filmes é que estaremos formando uma plateia voltada para o audiovisual local e garantindo o futuro das produções potiguares", declara.
Uma das ideias para que o festival se concretize é tentar manter o ritmo das produções. "Para este ano buscaremos patrocínio que nos ajude a dar continuidade ao projeto Curta Mossoró. Iremos aprofundar os conhecimentos dos alunos que participaram da primeira edição com aulas voltadas para filmes de ficção. Pretendemos ter módulos específicos de iluminação, dramatização para cinema, cenografia, figurino, maquiagem, etc. Para este curso ainda não temos patrocínio. Porém, o projeto já está pronto e em breve iremos buscar todo o apoio necessário para esta realização", diz. "Aqui em Mossoró vejo um horizonte promissor de boas realizações. No campo das produções audiovisuais ainda estamos plantando nossas sementes, porém o solo é fértil e os trabalhadores, dispostos. Acredito que o futuro do audiovisual potiguar e mossoroense será referência no Nordeste, principalmente se continuarmos trabalhando unidos por esse objetivo e se o poder público e a iniciativa privada nos acompanharem nessa empreitada", fala, otimista com as novas ideias que estão surgindo.


EDITAIS - Órgãos públicos como o Ministério da Cultura, Banco do Brasil, Petrobras, Banco do Nordeste, Eletrobras, e privados - através de renúncia fiscal - como Oi Futuro, Votorantin, Itaú Cultural, dentre outros, mantêm editais anuais de apoio a projetos culturais para as mais diversas áreas. A Lei Rouanet, de caráter nacional, é um dos mecanismos de incentivo fiscal que estimula o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. "Um dos editais mais simplificados para pessoa física e jurídica é o do Programa BNB de Cultura. O projeto cultural não precisa estar inscrito na Lei Rouanet para concorrer a este patrocínio. Uma outra dica é ficar de olho no site do Ministério da Cultura. Lá o produtor encontrará diversos editais de apoio a produção audiovisual", orienta.

EDILEUSA MARTINS - Edileusa Martins nasceu em Caicó, Rio Grande do Norte, tem 32 anos, é jornalista formada pela UFRN, especialista em produção audiovisual com foco em direção de fotografia e edição. Atualmente trabalha como técnica de audiovisual da Uern e coordena os projetos Curta Mossoró e Mossoró Audiovisual. Faz parte do grupo Caminhos, Comunicação & Cultura.

(Matéria produzida pelo jornalista Mário Gerson, caderno Expressão - Jornal Gazeta do Oeste)