terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Grupo de produtores Culturais do RN inicia 2010 com seis projetos aprovados

O Grupo Caminhos Comunicação & Cultura realizará atividades com foco na valorização da cultura popular do estado. Ao todo são seis projetos que já estão com recursos garantidos através de editais de cultura.


O Grupo Caminhos Comunicação & Cultura, formado por produtores culturais independentes, vai realizar uma programação cultural variada para o ano de 2010. Os produtores tiveram quatro projetos culturais contemplados pelo Programa BNB de Cultura, que patrocina iniciativas culturais no estado em áreas que o cenário cultural ainda precisa se desenvolver.


Ainda em 2010 também serão desenvolvidos mais dois projetos que foram aprovados anteriormente, a Semana BNB de Oficinas Culturais de Angicos e o vídeo documentário Música Potiguar Brasileira, que será dirigido pela radialista e apresentadora de TV Érica Lima. Somando ao todo seis projetos que serão realizados ao longo do ano.


Os projetos aprovados são os seguintes: Um Olhar sobre a Cultura Popular Nordestina, um concurso de fotografia regional que premiará as 10 melhores fotografias sobre a temática da cultura popular do Nordeste; o projeto Olhar cultural, que será desenvolvido com a realização de oficinas de fotografia; a 3ª edição da Semana BNB de Oficinas Culturais, nos municípios de Caiçara e São Bento do Norte e o Curta Mossoró, evento que contempla atividades na área do audiovisual na cidade de Mossoró.


E já a partir deste mês de janeiro, os produtores iniciam suas atividades culturais pelo interior do estado. Na segunda semana de janeiro, de 11 a 16, a Caminhos pega a estrada e leva atividades culturais para o município de Angicos, a 170 quilômetros de Natal. O projeto desenvolvido é a Semana BNB de Oficinas Culturais de Angicos, que será uma opção de atividade diferente para os moradores no período de férias. Este projeto foi aprovado pelo edital do BNB de cultura, edição 2009, e o cronograma de realização foi organizado para começar no início de 2010.


O projeto visa contribuir para o crescimento sócio-cultural do município, capacitando jovens nas seguintes áreas: Fotografia, Vídeo, Rádio, Poesia, Teatro e elaboração de Projetos Culturais. No encerramento das oficinas será realizado o Festival BNB Cultural de Angicos com a exposição coletiva dos trabalhos desenvolvidos durante a semana. O festival terá entrada gratuita e estará aberto a outros artistas locais que queiram participar.


As inscrições para as oficinas ocorrem de 04 a 08 de janeiro na Casa de Cultura Prof. Paulo Freire em Angicos/RN. As informações poderão ser obtidas pelos telefones: 9977-6464 / 9173-6180 (Alexandre Santos).


GRUPO CAMINHOS – O Grupo Caminhos é formado por jovens jornalistas e radialistas que resolveram se reunir para promover eventos culturais voltados para o audiovisual, artes visuais e elaborando projetos que fomentem a cultura no Rio Grande do Norte, nas mais diversas áreas. São 6 jornalistas e 4 radialistas (com formação em rádio e tv), todos com experiência em comunicação e cultura. A equipe de produtores já realizou documentários e projetos em diversos municípios do estado levando atividades culturais às comunidades carentes do interior do RN.


Abertura da 1° Semana BNB de oficinas culturais (Santa Cruz/RN)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vem aí a II Semana BNB de oficinas culturais


Vem aí a II Semana BNB de oficinas culturais - em Angicos/RN.

domingo, 22 de novembro de 2009

Elvis & Madona

Elvis & Madona estréia no Festnatal 2009
foto divulgação
Descrito como um relacionamento entre uma fotógrafa motoqueira lésbica e uma cabeleireira travesti, eu diria, simplesmente, que Elvis e Madona conta uma história de amor entre duas pessoas. O relacionamento amoroso se sobrepõe e o filme não cai na exploração do homossexualismo por si só. Com uma boa trilha sonora e um roteiro divertido, mostra a busca das protagonistas por seus sonhos e sua trajetória amorosa.

Ambientado em Copacabana e inspirado numa história real que o diretor assistiu num programa mexicano, daqueles que lava a roupa suja na tv. O longa é do diretor de curtas e documentários, Marcelo Laffitte e a produção é de Sara Silveira (Dezenove Som e Imagem) e Tuinho Schwartz (Focus Films). Contemplado pelo Ministério da Cultura no Concurso de Produção de Longa-metragem de Baixo Orçamento 2006, e depois patrocinado pelo edital Oi futuro. O diretor levou quatro anos para realizar o filme, e lançou no último sábado no Festnatal, onde Marcelo Laffitte relatou a dificuldade e desejo de finalizar o filme.
No elenco, estrelas como Simone Spoladore (no papel de Elvis), Igor Cotrim (como Madona), Maitê Proença, Buza Ferraz, Romeu Evaristo, Joana Seibel, entre outros. Em alguns personagens transpareceram a necessidade de mais direção, ou então, a escolha do diretor de construí-las um tanto bobas ficou um pouco forçada. No entanto, quem da um show de atuação e garante boas risadas é a atriz Simone Spoladore. O público que lotou a sala 03 do cinema Moviecom Natal, recebeu muito bem o filme, deu boas risadas e aplaudiu calorosamente no momento da subida dos créditos na telona.
Érica Lima

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nos CAMINHOS da cultura


Caminhos comunicação & cultura aprova quatro projeto no edital BNB de cultura 2010

O grupo de produtores independente Caminhos Comunicação e Cultura têm quatro projetos selecionados no edital BNB de cultura edição 2010. O programa apóia a produção e difusão da cultura nordestina, mediante seleção pública de projetos nas áreas de Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Literatura, Música e Artes Integradas ou Não-Específicas.

O grupo de empreendedores culturais iniciou suas atividades em 2006 com a produção do documentário Com quantas ave Marias se faz uma santa? E no ano seguinte, o documentário ficcional Mais que um filme legendado, um projeto de inclusão da comunidade surda no audiovisual.

A partir de então, a equipe já realizou oito projetos patrocinados pelo Banco do Nordeste e vem consolidando seu trabalho no estado e Nordeste brasileiro com o lema de democratizar o acesso a cultura. Voltando suas atividades para regiões de difícil acesso aos meios de produção e compartilhando com essas comunidades, um pouco da técnica apreendida na universidade, tendo em vista que todos da equipe são jornalistas e radialistas formados pela UFRN.

Os projetos selecionados do grupo foram:
A segunda edição do concurso fotográfico, UM OLHAR SOBRE A CULTURA POPULAR NORDESTINA, que abrange todo o Nordeste.
As oficinas itinerantes de fotografia - OLHAR CULTURAL, também em sua segunda edição, contemplando quatro municípios da região potengi potiguar.
A III SEMANA BNB DE OFICINAS CULTURAIS, agora em Caiçara do Norte/RN. E o CURTA MOSSORÓ que será realizado em Mossoró/RN, e consiste na promoção de oficinas de produção de vídeos, culminando num festival com caráter não-competitivo de vídeos focados nas tradições
culturais potiguar.

equipe na 1° Semana BNB de oficinas culturais

Resultado do edital BNB de cultura 2010

Programa BNB de Cultura 2010 seleciona 258 projetos artísticos nordestinos, entre 2.974 inscritos


Um total de 258 projetos, entre 2.974 inscritos, foi selecionado pelo Programa BNB de Cultura – Edição 2010 – Parceria BNDES, uma linha de patrocínio direto do Banco do Nordeste, em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com dotação orçamentária de R$ 6 milhões (R$ 3 milhões provenientes de cada Banco).


Do total de 258 projetos, foram aprovados 51 de Artes Cênicas, 39 de Artes Visuais, 23 de Audiovisual, 35 de Literatura, 57 de Música e 53 de Artes Integradas ou Não-Específicas. Os 258 projetos selecionados procedem de 127 cidades diferentes.


De acordo com o edital do Programa BNB de Cultura – Edição 2010 – Parceria BNDES, era prevista a seleção de um mínimo de 225 propostas, porém foram selecionadas 258 (ou seja, 14,67% a mais que o previsto pelo edital).

Os 2.974 projetos inscritos foram provenientes de 510 cidades de 16 estados brasileiros – os 11 estados na área de atuação do Banco (região Nordeste e Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo), mais Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.


Desse total, um montante de 1.643 (55,2%) propostas veio de 488 municípios interioranos localizados na área de atuação do Banco. Outros 1.216 (40,8%) projetos vieram das nove capitais nordestinas, e mais 115 (3,8%) propostas vieram de 12 cidades situadas nos cinco estados retrocitados. 2.859 (96,0%) projetos foram elaborados por proponentes residentes dentro da área de atuação do BNB.


Para a seleção dos projetos culturais, foram considerados os seguintes critérios: qualidade técnica e/ou artística; atendimento de interesse da comunidade; ações e investimentos dos recursos financeiros voltados prioritariamente para municípios da área de atuação do BNB (região Nordeste e norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo), menos providos de atividades culturais; formação ou aperfeiçoamento profissional; viabilidade físico-financeira; condições de sustentabilidade; ineditismo da proposta; e potencialidade de consolidação da imagem do BNB e do BNDES junto à sociedade.


Para analisar os projetos, o Banco formou comissões de avaliação para as seis modalidades artísticas, cada uma composta por cinco especialistas, a saber:


· Artes Cênicas: Fernando Antônio Abath Luna Cananéa (PB), Fernando José de Brito Piancó (CE), José Sávio Oliveira de Araújo (RN), Luiz César Alvez Marfuz (BA) e Telma César Cavalcanti (AL).


· Artes Visuais: Ana Jacira Borges Oliveira (MA), Ayrson Heráclito Novato Ferreira (BA), Dyógenes Chaves (PB), João Carlos Rodrigues Oliveira (MG) e José Walter Teles Chou (SE).


· Audiovisual: Cláudio Roberto de Araújo Bezerra (PE), Euclides Barbosa Moreira Neto (MA), Gabriela Caldas Gouveia de Melo (SE), Glauber Paiva Filho (CE) e Maria Laura Souza Alves Bezerra Lindner (BA).


· Literatura: Ana Cristina Marinho Lúcio (PB), Feliciano José Bezerra Filho (PI), José Abimael da Silva (RN), Raimundo Carrero de Barros Filho (PE) e Simone Cavalcante de Almeida (AL).


· Música: André Luiz Muniz Oliveira (RN), Antônio Carlos Tavares da Cunha (BA), Carlos Alberto Alencar da Silva (CE), Luciano Cândido e Sarmento (MG) e Raimundo Aurélio de Melo (PI).


· Artes Integradas ou não-Específicas: Ana Amélia Melo de Oliveira (RN), Daniel Lima Santiago (PE), Francisco Laerte Juvêncio Magalhães (PI), Jorge Alan Pinheiro Guimarães (CE) e Laércio Ferreira de Oliveira Filho (PB).

(divulgação BNB)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nesta quinta-feira 05/11/09, Érica Lima e Alexandre Santos estão no programa VIDA BOA exibido as 10h55 na SIM TV para falar da participação da série Alma das Ruas no Festival Internacional de Televisão.

Ainda na quinta, também participam do link ao vivo no TV Noticias as 18h30 na TVU, falando do mesmo assunto.

O Festival Internacional de Televisão pretende mostrar o melhor da televisão nacional e mundial. É realizado pelo Instituto de Estudos de Televisão, o único de sua categoria na América Latina e acontece entre os dias 10 e 15 de novembro de 2009 nos espaços Oi Futuro e Arte SESC no Rio de Janeiro. A série participará da Mostra Competitiva de Pilotos Brasileiros.


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Parece que foi ontem, mas já faz um ano

Olhar independente - o espaço da produção audiovisual

Há um ano o telespectador potiguar teve acesso à produção audiovisual local. Documentários, ficções, videoclipes, animações, vídeos experimentais, dentre outros gêneros e formatos foram exibidos em rede de TV aberta. Através do programa Olhar Independente da TVU/RN que neste mês de outubro completa um ano promovendo a interação da Televisão Universitária com os produtores independentes.

O Olhar Independente é um espaço destinado à produção audiovisual do Rio Grande do Norte e do Nordeste. Uma iniciativa que ocorreu no momento em que nacionalmente as emissoras educativas e culturais estavam valorizando as produções independentes, em função da constituição da Empresa Brasil de Comunicação do Governo Federal.

Uma iniciativa inovadora, no que diz respeito à grade de programação das TVs locais. O programa exibe semanalmente curtas metragens, e entrevista os realizadores com o intuído de divulgar e desmistificar o processo de produção. Uma escola para os curiosos do audiovisual, uma vitrine para os produtores, e uma opção de entretenimento e informação para o telespectador potiguar que a partir do programa pode se ver, vendo a identidade local retratada nos curtas exibidos. O audiovisual potiguar vem mostrando a sua cara. No período de um ano foram produzidos 50 programas, exibidos 120 curtas e 51 realizadores entrevistados.

No próximo sábado 31 de outubro será exibido o programa especial de um ano do olhar independente, produtores e representantes do audiovisual no estado participam deste programa, onde também será exibido o documentário inédito “Cordel - do povo para o povo” da documentarista Rita Machado.

Programa Olhar Independente
Todos os sábados às 16h30
Reprise na quarta às 19h30

domingo, 25 de outubro de 2009

Série potiguar é selecionada para Festival Internacional de Televisão

A série Alma das Ruas será exibida em novembro no Rio de janeiro na Mostra Competitiva de Pilotos Brasileiros.

Depois de ser exibida em importantes festivais de cinema, a série potiguar de documentários “Alma das Ruas” é selecionada para o Festival Internacional de Televisão, que pretende mostrar o melhor da televisão nacional e mundial com um panorama diversificado do que está sendo produzido ao redor do mundo. O Festival é realizado pelo Instituto de Estudos de Televisão, o único de sua categoria na América Latina. Acontece entre os dias 10 e 15 de novembro de 2009 nos espaços Oi Futuro e Arte SESC no Rio de Janeiro.

A série documental Alma das Ruas participará da Mostra Competitiva de Pilotos Brasileiros, que traz programas nacionais inéditos, divididos nas categorias Entretenimento, Jornalístico e Séries de ficção. Os vencedores de cada categoria serão convidados a exibir seus trabalhos no New York Television Festival de 2010 nos Estados Unidos.

Cinco personagens e cinco diferentes formas de se relacionar com as ruas.
Tratando das significações encontradas em determinados espaços urbanos, que faz da rua um lugar abstrato. A série oferece ao telespectador cinco documentários televisivos com cinco minutos de duração cada. Com um olhar múltiplo, plural, subjetivo, uma linguagem documental, provocando a sensibilidade através de uma narrativa poética e singular.

Gravação com Ney Douglas. Foto: Alexandre Santos

A série Alma das Ruas é um projeto piloto produzido pelos jornalistas e radialistas, Alexandre Santos, Érica Lima e Jurandyr França. Os curtas que compõem a série já participaram de festivais e mostras nacionais e internacionais como: O Festival Internacional de Filmes curtíssimos (de 24 a 26 de abril de 2009 em Brasília); Festival de cinema de países de língua portuguesa - CINEPORT (de 01 a 10 de maio de 2009 em João Pessoa/PB); Mostra de Cinema Documentário de Ipatinga - CINEDOCUMENTA (de 13 a 17 de maio de 2009 em Minas Gerais); Festival de Vídeo - Tela Digital (de março a agosto de 2009 na TV Brasil); Mostra Curta no Almoço (de 18 a 21 de agosto de 2009 no Rio de janeiro/RJ); Festival de 5 minutos (de 16 a 21 de novembro de 2009 em Salvador/BA); Festival Santa Maria de cinema e vídeo (de 23 a 28 de novembro de 2009 em Santa Maria/RS); e agora o Festival Internacional de Televisão.

Para obter mais informações sobre o festival internacional de televisão acesse: www.ietv.org.br




sábado, 10 de outubro de 2009

Só se for pra se ter alegria

Se você quiser saber (interessa?)
Por que é que gostam dela (interessa?)

Leveza, alegria, e um repertório que agrada uma ampla faixa etária, assim é o show de Roberta Sá, considerada por críticos musicais, a nova voz da música popular brasileira, a cantora potiguar mais carioca do Brasil lança seu primeiro DVD “Pra se Ter Alegria” composto por composições dos seus dois álbuns, “Braseiro” e “Que Belo Estranho Dia para se Ter Alegria”, além de uma nova releitura e uma música inédita composta por ela e seu esposo Pedro Luís.

Comportada no palco, com uma postura de menina mulher, Roberta transmite uma alegria singela que envolve o seu público, embalando-os e levando-os a cantar suas músicas. O figurino da cantora faz esse estilo romântico em cores vermelho e rosa misturando paixão e amor, como em sua música, assim como as flores do cenário trazem esse jardim para a história. Alguns criticam sua postura no palco, mas seus fãs só elogiam. O show precisa de alguns ajustes, cresce gradativamente, assim como a música dessa cantora que já é considerada uma estrela da música popular brasileira.
Érica Lima

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prêmio William Cobbet de Audiovisual

A Fundação José Augusto divulgou nesta última semana de setembro, o Resultado do PRÊMIO WILLIAM COBBET DE AUDIOVISUAL. O primeiro edital do setor de audiovisual promovido pela Fundação estadual de cultura do RN, destinado à produção de curtas metragens nas categorias; documentário e ficção, com duração máxima de 30 minutos.

Os projetos selecionados abordam temas característicos do Estado do Rio Grande do Norte. O valor destinado a cada um dos projetos é de R$ 20.000, 00. O Concurso recebeu 25 inscrições e os projetos contemplados em ordem classificatória são: Musica Potiguar Brasileira – de Érica Lima; O Boi Redondo – de José Wanderley Costa Filho; Sebo Vermelho, o Cantão de Abimael – de Paulo Laguardia; e Pela Caridade – de Danilo Guanabara.

A iniciativa é um passo significativo para estimular a produção independente no estado. Vamos arregaçar as mangas é trabalhar para construção um belo cenário para o audiovisual potiguar!

domingo, 27 de setembro de 2009

O MUNDO DA RUA


Durante um dia, podemos observar numa mesma rua, passos, ritmos, destinos e sentidos diferentes. A rua pode ter o sentido de passagem, apenas enquanto meio, como por exemplo, de manhã pessoas que ao se dirigirem para o trabalho passam por determinada rua. Enquanto que para outros a mesma rua pode ter o sentido de fim em si mesma quando seu uso se volta para a venda de mercadorias, como é o caso dos camelôs. Já no dia da feira livre esta rua passa a ter o sentido de mercado. Caso ocorra uma manifestação política, um movimento de reivindicação sindical, a rua pode ter o sentido de reivindicação, de protesto. E para quem não tem uma casa para se abrigar, a rua vira uma moradia.

Roberto DaMatta discute sobre o mundo da rua como um espaço público marcado em nossa sociedade, por uma relação de tensão, imprevistos, e oposição ao mundo da casa espaço privado, um universo controlado onde as coisas estão em seu devido lugar, ao mesmo tempo, em que esses dois mundos interagem e se complementam.

A rua abriga pessoas que estão diariamente nos espaços urbanos, seja por opção, seja por necessidade, ou até mesmo falta de opção. Há aqueles que gostam de trabalhar nas ruas e buscar a melhor forma de tornar o seu trabalho e a interação com o ambiente cada dia mais agradável. Para outros, a necessidade e a falta de oportunidade os obriga a trabalhar nas ruas. E ainda há os indivíduos que não tiveram outra opção senão morar na rua, estes são pessoas de histórias singulares. É importante vermos o espaço das ruas não como um local e sim como um lugar onde as pessoas se identificam, interagem, reproduzindo e também alterando um pouco aquele meio.
Nesse sentido, os percursos realizados pelas pessoas e a sua relação com o espaço, faz da rua, e a até mesmo da cidade, um lugar. É importante dizer que as mediações espaciais são pautadas segundo as características do tempo vivido. Um mesmo percurso é para algumas pessoas algo necessário, para outras uma escolha, e etc. Ou seja, o ato de caminhar por certa rua pode ser uma prática carregada de representações subjetivas. São essas relações que criam o significado do lugar e que só pode ser compreendido através de um conjunto de sentidos adquiridos individualmente.

Para tanto, o centro da cidade é um lugar onde milhares de pessoas transitam durante o dia a dia, é rotina de muitos, passar sempre pelo mesmo local, mas ao cair da noite essas mesmas ruas ficam quase que desertas, é aí que surge às personagens que se perdem em meio à multidão durante o dia, à noite a casa dos moradores de rua ganha forma. Eles parecem ter uma relação bem mais profunda com a rua, as experiências, recordações e lições que tiram daí, são na maioria das vezes negativas e desagradáveis, pois dificilmente uma pessoa escolhe morar na rua, ali está a sua última opção.

Nas ruas, elas aprendem a se virar como podem, seja pedindo trocados para se alimentar, seja juntando-se em grupos na hora de dormir para descansar com um pouco de segurança, ou até mesmo aprendendo a se isolar e anular-se diante das pessoas. Essas pessoas são rejeitadas, confundidas com marginais e olhadas com medo, por quem passa. Elas compõem o cenário da rua, mas são “invisíveis” para a sociedade.

Érica Lima