O CURSO PARA FORMAÇÃO DE GESTORES CULTURAIS DOS ESTADOS DO NORDESTE – lato sensu - é um programa para capacitação de Gestores Culturais. Tomado como subsistema do Sistema Nacional de Cultura esse processo formativo foi pensado como uma das peças fundamentais para a implantação e posterior consolidação do Plano Nacional de Cultura, pois se propõe como incentivo aos municípios e estados em aderir à construção de novas práticas e à formulação de políticas públicas consequentes. Em paralelo a essa condicionalidade político-institucional, a iniciativa nasceu marcada por um caráter processual e participativo de pactuação e de convergência de interesses e estratégias, na perspectiva de se lançar como formação continuada para os diferentes atores no âmbito da esfera pública própria das ações em cultura.
Compreender a cultura em sua pluralidade de dimensões que vão do simbólico ao identitário, com centralidade para a cidadania e voltada ao desenvolvimento social e econômico é reconhecidamente um desafio para os gestores de cultura. Diante desse cenário, apresenta-se uma proposta pedagógica suficientemente aberta e flexível capaz de traduzir e responder a diversos contextos socioculturais, localizados especialmente na Região Nordeste. As opções metodológicas que compõem os vários Módulos e Planos de Ensino intercalam vivências teóricas e práticas de conteúdos – seminários locais e oficinas – de maneira a favorecer o contato com experiências de gestão e mediação cultural que possam enriquecer o repertório de conhecimento de cada participante. Significa dizer que serão oferecidas alternativas para de um lado, o aluno conhecer o manejo de ferramentas de gerência de programas e de planejamento estratégico e de outro, desvendar competências complexas e transversais que vão além da dimensão política e institucional da gestão cultural. De modo complementar, a apropriação de distintos modelos de financiamento público e o entendimento de dinâmicas centrais da economia da cultura servirão à compreensão das políticas públicas como respostas a realidades e demandas objetivas de bases locais e regionais.
A presente proposta de formação de gestores culturais e de conselheiros dos Conselhos Estaduais de Cultura foi, portanto, pensada como processo formativo – e não como curso de especialização. Procura-se, para além da articulação de metodologias presenciais e não presenciais, propiciar espaços e oportunidades que possibilitem uma ponte entre a formação teórico-conceitual e a experiência prático-atitudinal vivenciada na gestão da cultura.
Texto: coordenação do curso.
